Saudações!
Dirijo-me a vós, hoje, para expressar a minha crispação em relação às presidenciais que decorrem no nosso bem amado país...
Como sabem houve um ciclo de 10 debates em que parte dos candidatos discutiram a situação actual do país, sim pois alguns dos candidatos nem sequer são tratados como tal, votados ao esquecimento e/ou à indiferença. Mas isso são contas de outro Rosário... Vim expressamente para comentar a posição dos cand
idatos que estiveram presentes nos debates.
Começo por dizer que o debate que, para mim, foi o mais democrático, cordial e ao mesmo tempo ilucidativo sobre as pretensões dos candidatos, em relação às questões que foram abordadas, foi o de Cavaco Silva e Manuel Alegre. O mais ilucidativo em termos de capacidade de magistratura foi, sem dúvida, o último, Cavaco Silva e Mário Soares.
Desde já acometo contra a falta de objectivos de todos os candidatos que não têm feito outra coisa, desde que começou a campanha, que é criticar e tentar menosprezar Cavaco Silva, este ataque cerrado começou antes mesmo do Professor se ter apresentado oficialmente como candidato. Creio que este tem feito uma excelente campanha na medida que não responde a provocações e mantém o seu modelo rectílinio e formal, garantes da sua capacidade governativa.
Cavaco Silva foi o único candidato que explicitou em que áreas pretende actuar e como o pretende fazer, salientado, diversas vezes, que considera função de um Presidente da República, aconselhar e cooperar com o governo. Todos os outros candidatos mantém uma critica cerrada, esquecendo-se de fazer a sua própria proposta... bom, talvez não tenham nenhuma, daí se estarem a esquivar sucessivamente de a apresentar; como ficou claro no debate de Mário Soares e Cavaco Silva, em que por várias vezes o primeiro prometeu em falar sobre esse assunto, nunca vindo a concretizar, porém.
Para além da falta de objectivos concretos e de um plano de trabalho sério dos oponentes de Cavaco Silva, vou salientar outro ponto que acho importante.
Tem sido cliché entre os indivíduos mencionados acima, dizer que Cavaco não se está a candidatar a Primeiro Ministro ma a Presidente da República, não tendo, portanto, capacidade para resolver os problemas que menciona... Ora, como disse Fernando Rosas, que embora não o apoie, acho que nesta questão, esteve bem; o Presidente da República pode não ter funções governativas, mas pode controlar o governo e aconselha-lo a fazer o melhor para o país, baseando-se na sua experiência.
Um P.R. não é nenhum "Corta-Fitas",ele pode e deve, ter participação activa no governo do país... Mário Soares perguntou no último debate a Cavaco o que faria se o governo não acatasse os seus conselhos ou se não quisesse a sua cooperação... eu acho esta pergunta, no mínimo, idiota; o governo tem o dever de escutar o P.R. e de ter em consideração as suas opiniões, dada a sua experiência; caso não quisesse aceitar esse aconselhamento, e caso fosse previsivel que essa indiferença iria prejudicar Portugal, então não há que ter remorsos de dissolver o governo.
Mário Soares fala em crise politica, bem é melhor uma crise politica do que mais uma machadada na nação, acho que se deve escolher o menor de dois males...
Já agora, para terminar, gostaria de mencionar um episódio bizarro, protagonizado por Fransico Louçã... declarando que "Cavaco Silva é um politico devagarinho"... gostava que ele explicasse melhor esse ponto de vista porque não vejo qual a relação; também era bom que em vez de arranjar frases para manchete de jornal se dedicasse à
sua campanha e aos
seus objectiovs.
Jjá agora acho que seria distinto, da parte dele e dos demais, suspenderem as suas actividades de deputado, como muito bem, fez Manuel Alegre; são candidatos a um cargo politico deveriam suspender, ainda que provisóriamente, o outro... mas pelos vistos os 5000€ mensais sabem melhor do que a boa índole...
Bem, por hoje fico-me por aqui...
Entretanto se não nos "virmos" quero deixar aqui os meus votos de um Santo Natal e um Superior Ano Novo!