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terça-feira, setembro 27, 2005

Democracia... ou ditadura?

Viva!

Passei por aqui e decidi deixar algo retido sobre as actuais presidenciais, que como sabem têm sido alvo de alguma controvérsia e contra-senso relativamente aos candidatos...

Não fosse o título julgariam que me iria pronunciar sobre qual o meu candidato, mas dado o primeiro escrevo, isso sim, sobre o lote de candidatos que temos desponíveis para depositar voto. Já diversas vezes referido por alguns comentadores politicos, julgo que estes candidatos nada trazem de novo à Républica Portuguesa, aliás, alguns deles arriscam-se como repetentes que em mandatos anteriores criaram muitos dos problemas actuais, pretenderão redimir-se ou simplesmente acabar em "grande" o seu percurso politico? Bom, a ilação que eu tiro é de que a segunda hipótese é bastante plausível, infelizmente, uma vez que chegam a existir "disputas" dentro de alguns partidos sobre quem é o verdadeiro candidato que o dito irá apoiar como seu representante... Dá a ideia que esta candidatura é algo que necessitam tanto que passam por cima do "código de honra" dos partidos, candidatando-se á margem de outra pessoa que já era candidata antes de si, usurpando assim o seu lugar e deixando o 1º candidato sem apoio partidário... Ora como devem calcular o país necessita de um representante de "cara lavada" e não um representante que a única coisa que traz de nova é provávelmente o fato que traz vestido...

Posto isto, existem, de facto, parecenças como uma ditadura, sendo que numa o candidato é sempre o mesmo... Talvez até seja pior dado que o curto mandato a que estam sujeitos os presidentes da républica e governos, é de todo impossível avançar com um projecto de reabilitação nacional conveniente a longo prazo. Talvez sendo essa uma das razões porque o país não conhece desenvolvimento, qualquer linha construtiva que um governo ou chefe de estado possa estar seguir será imediatamente deposta e substituída por outra diferente aquando da subida ao poder de outro governo ou P.R., não existe portanto hipótese de criar projectos a longo prazo, e como temos vindo a reparar durante 30 anos, as medidas e projectos a curto/médio prazo não conseguem resolver os problemas estruturais do país. Antes do golpe de estado, a situação do país talvez não fosse muito melhor, mas ao menos havia uma linha de coerência.

Um líder deve ser eleito pela maioria pela sua capacidade de justiça, responsabilidade, pelo seu carisma, etc; ora, os senhores que se candidataram, já estiveram no poder, onde pudemos constatar que não têm, de modo algum, as qualidades de líder, é necessário dar oportunidade a outros para que mostrem o seu potencial.